Comunicado da Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP
No seguimento das medidas adoptadas pelo governo no quadro do Estado de Emergência, nomeadamente o fecho das escolas por um período de 15 dias, a Coordenadora Nacional do Ensino Secundário (CNES) da JCP considera oportuno salientar:
1. O Ensino à Distância não substitui o Ensino Presencial, seja pelas implicações a nível da aprendizagem, no papel que a escola tem na socialização dos jovens, nos impactos na saúde mental e no aprofundamento das diferenças socioeconómicas entre estudantes.
2. Face aos resultados e prejuízos causados com a interrupção no passado ano lectivo, o que se exige é a abertura das escolas o mais rapidamente possível.
3. A abertura das escolas deve ser acompanhada com medidas de carácter de urgência, para que se garanta a segurança de todos e para que não se volte a encerrar as escolas. Destaca-se, como medidas de urgência, a contratação de mais funcionários e professores, a redução do número de alunos por turma, a testagem dos elementos da comunidade educativa e o aumento da oferta dos transportes públicos, tal como o PCP e a JCP têm vindo a propor.
4. A teimosia do Governo na realização dos Exames Nacionais, que neste quadro agravam ainda mais as desigualdades socioeconómicas entre estudantes, é preocupante. Mais do que nunca o que se coloca é uma avaliação justa e contínua, sem barreiras no acesso ao Ensino Superior.
5. O fecho das escolas não pode servir de pretexto para agravar a sobrecarga horária dos estudantes e atacar o seu direito ao tempo livre e ao descanso. A luta da juventude é o elemento fundamental para que se avance na defesa do Ensino Presencial com segurança, pela Escola Pública, Gratuita, Democrática e Qualidade e, por isso, a CNES apela à unidade e mobilização dos estudantes para a defesa dos seus direitos.
O Secretariado da CNES