No Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) do Seixal os milhares de formandos que o frequentam, só no ano passado passaram por lá cerca de 13 mil, são expostos a condições que não garantem a qualidade na formação a que têm direito.
A falta de condições vai desde salas não ventiladas, a formandos a terem formação em monoblocos, falta de material para as aulas práticas ou a pouca limpeza das áreas exteriores.
Os cortes têm consequências visíveis quando o IEFP não tem dinheiro para pagar aos funcionários, nem aos formandos as suas bolsas de estudo, sendo que a diminuição de trabalhadores leva a filas imensas no bar. Alem disto os formandos são sujeitos a uma falta de segurança tremenda, havendo apenas dois funcionários responsáveis pela segurança que têm de se responsabilizar pela portaria e a ronda. Ser formando no IEFP é estar sujeito a condições indignas sendo que muitos dependem unicamente das bolsas de estudo para alimentar uma família.
Para resolver estes problemas concretos, a JCP está presente no IEFP com a sua intervenção em solidariedade com os estudantes e a sua luta por melhores condições. Há uma presença da organização com distribuições regulares e com a criação e divulgação de um boletim. Só com a luta podemos resolver os problemas dos formandos do IEFP Seixal!
Mais direitos, mais futuro. Não à precariedade
Baixos salários, precariedade, desemprego, emigração forçada, desregulação dos horários, retrocesso nos direitos são realidades que marcam a vida dos jovens trabalhadores e que se acentuaram nos últimos anos.
Perante esta realidade, o Partido Comunista Português decidiu a lançar a campanha “Mais direitos, mais futuro! Não à precariedade!”, que visa denunciar e esclarecer que esta situação que trabalhadores hoje sentem na pele não é inevitável e há uma alternativa política que combata de forma séria a precariedade. É necessário e possível o trabalho com direitos, porque a cada posto de trabalho permanente, deve corresponder um vínculo efectivo de trabalho.
Precariedade e desemprego, ao contrário do que nos tentam fazer crer, nada têm que ver com necessidades ocasionais ou excepcionais de emprego! O que pretendem é o aumento da incerteza, da instabilidade e exploração, pressionar e tratar os trabalhadores como peças descartáveis, prontas a serem substituídas.
O recurso ao trabalho temporário, aos estágios ou à prestação de serviços serve para a desresponsabilização das empresas para o despedimento fácil e sem compromissos por parte do patronato.
A precariedade tem de ser combatida, é necessário caminharmos para fim do trabalho sem direitos. Ao governo tem de ser exigido a implementação de políticas neste sentido, nomeadamente com a revogação de medidas lesivas dos trabalhadores no Código do Trabalho e um reforço de medidas inspectivas, com o reforço de meios da Autoridade para as Condições de Trabalho, entre outras.
Dia Nacional da Juventude
Dia de luta com passado, presente e futuro!
Nas mais difíceis condições e sob diferentes tipos de ataques, a juventude nunca ficou calada e teve sempre um papel central na luta pela mudança da sociedade. Hoje, como no passado, a juventude está presente e não desarma.
Este ano o Dia Nacional da Juventude foi assinalado no dia 31 de Março com uma manifestação convocada pela Interjovem/CGTP-In e que contou com a presença de milhares de jovens trabalhadores.
Vindos de todos os pontos do País, os jovens exigem que se apliquem medidas que ponham um fim ao flagelo social da precariedade, bem como aumentos salariais que permitam ter perspectivas de construir um futuro no nosso país, a redução progressiva dos horários de trabalho para as 35 horas semanais para todos os trabalhadores, taxar mais quem realmente pode pagar mais impostos e aliviar a carga fiscal sobre os trabalhadores. Paralelamente, exigem o desenvolvimento da produção nacional e a economia, em todos os sectores, e a criação de postos de trabalho com direitos.
28 de Março, dia histórico da resistência da juventude
O Dia Nacional da Juventude tem uma história que vem dos tempos da longa noite fascista, quando o MUD Juvenil organizou um acampamento em Bela Mandil, no Algarve, a 28 de Março de 1947.
Em resposta às exigências de liberdade e democracia, o regime fascista respondeu com violência e prisões. A partir de então, a juventude portuguesa não deixou de comemorar o dia em luta.
A luta é a solução!
Nas mais difíceis condições e sob diferentes tipos de ataques, a juventude nunca ficou calada e teve sempre um papel central na luta pela mudança da sociedade. Hoje, como no passado, a juventude está presente e não desarma. Ficar na expectativa nunca resolveu os problemas que enfrentamos, por isso, vamos à luta, que só a luta traz futuro para a juventude!