Apelo à luta 28 de Abril

Apelo da DCES à luta dos estudantes do Ensino Superior

Os impactos da epidemia, que se prolongam há mais de um ano, evidenciam muitos dos problemas que os estudantes enfrentam no Ensino Superior, como também dão expressão a novas situações que aprofundam as dificuldades já sentidas pelos estudantes e suas famílias. 

O que se tem vindo a verificar é que de facto não estamos todos no mesmo barco e que cada vez mais se adensam as desigualdades sociais no seio do Ensino Superior. Com o reajuste dos ritmos de vida e a implementação do ensino à distância, muitos foram os estudantes que deixaram de acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, derivado da falta de condições e de acesso a materiais necessários para o acompanhamento dos seus estudos. 

Continuamos a assistir a uma grande insuficiência no financiamento público para o Ensino Superior e para a Acção Social Escolar, e que se reverte com profundo impacto na vida dos estudantes. Só este ano de 2021 as bolsas de estudo de Acção Social Escolar alcançaram um novo máximo em termos de requerimentos, evidenciando assim a dura realidade em que muitos estudantes se encontram. 

Com os impactos da epidemia no plano económico e social e o perpetuar das políticas de direita, muitos mais são os estudantes que vêem agora a sua frequência no Ensino Superior ser colocada em causa. A natureza das propinas está cada vez mais evidente. Num contexto de grandes dificuldades para as famílias onde o corte e a perda de rendimentos são regra e não execepção, numa situação tão excepcional como a que vivemos, fica comprovado que a opção por se manterem as propinas serve apenas o propósito de estabelecer o Ensino Superior como um espaço elitista, em que só frequenta quem pode pagar. 

A actual situação confirma a exigência da luta organizada dos estudantes do Ensino Superior. Como se tem verificado há disponibilidade para a luta e exemplo disso são as acções realizadas tanto este semestre como também no semestre passado. A Direcção Central do Ensino Superior (DCES) da JCP salienta que são cada vez mais os estudantes que reivindicam o fim das propinas, taxas e emolumentos, caracterizando-as como uma barreira económica que pretende elitizar o acesso e frequência do Ensino Superior.

A DCES da JCP apela a que os estudantes se organizem para grande jornada de luta que se avizinha para o próximo dia 28 de Abril e reitera que estará ao lado da luta dos estudantes contra a propina e por um Ensino Público, Gratuito, Democrático, e de Qualidade. 

A DCES da JCP apela, neste sentido, a que todos os estudantes se organizem e unam em torno da defesa dos seus direitos e aspirações. Está nas mãos dos estudantes a luta por um futuro melhor, um futuro que somente a luta organizada e consequente poderá alcançar. Os tempos que enfrentamos são de grandes perigos, mas a vontade transformadora da juventude revela ainda mais potencialidades. Que dia 28 de Abril seja o dia em que os estudantes saem à rua e em uníssono façam valer os seus direitos!


Saudamos a luta dos estudantes de Coimbra

Saudação à luta dos estudantes do Ensino Superior em Coimbra

A Direcção Central do Ensino Superior da Juventude Comunista Portuguesa saúda a luta dos estudantes de Coimbra dinamizada pela Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra à qual se juntaram vária Repúblicas em defesa de um Ensino Superior público, gratuito, democrático e de qualidade.

A concentração realizada em frente do edifício da AAC, em Coimbra, no dia 24 de Março para além de assinalar o Dia Nacional do Estudante, uma data emblemática da luta estudantil em defesa do Ensino a que temos direito, sinaliza também o descontentamento dos estudantes perante a actual situação do Ensino Superior e do país. Uma realidade que está marcada pelos impactos económicos e sociais decorrentes da epidemia da Covid-19, que tem condicionado a vida de muitos estudantes e muitas famílias, mas que está também marcada por problemas estruturais neste grau de Ensino, protagonizados pela política de direita.

Esta acção de enorme coragem demonstrou que os estudantes não aceitam a existência de propinas no Ensino Superior e estão dispostos a continuar com a luta até ver o fim de todas as barreiras económicas que obriga a que milhares de estudantes abandonem o Ensino. A JCP reitera que o futuro do Ensino Superior terá que passar pelo que o PCP propõe: pelo fim, no imediato, de todas as barreiras socioeconómicas, como as propinas em todos os ciclos, pelo reforço e melhoria da Acção Social Escolar, como a melhoria do regulamento de atribuição de bolsas, bem como um aumento do seu valor e pelo reforço de verbas para a construção e reabilitação de residências na Rede Pública de Alojamento Estudantil. A sua valorização passa também, como exprimiram os estudantes, pelo reforço imediato do financiamento para o Ensino Superior, assegurando o seu carácter público, democrático e gratuito. 

A JCP apela à intensificação da luta organizada dos estudantes em torno das suas justas aspirações, pela resolução dos problemas concretos das suas faculdades e reitera que estará sempre a seu lado por Ensino Superior público, democrático, gratuito e de qualidade.

 Assim como os estudantes nesta acção os afirmaram: a luta continua!

 

Saudamos a luta dos estudantes do Ensino Superior de Coimbra

Saudamos a luta dos
estudantes de Coimbra

A Direcção Central do Ensino Superior da JCP saúda a luta dos estudantes do Ensino Superior de Coimbra, reiterando a sua total solidariedade com a grande confiança e determinação dos estudantes em reivindicar as suas mais justas aspirações.

 A concentração e desfile realizado pelos estudantes, que culminou junto das Cantinas Amarelas, para além de um exemplo vigoroso da convicção e garra dos estudantes em reivindicar um Ensino Superior justo e de qualidade, foi também um exemplo demonstrativo das actuais condições deste grau de Ensino e dos seus problemas estruturais. Condições estas que se pautam pela actual ineficácia da Acção Social Escolar, fruto da falta financiamento sobre esta mesma, resultando na degradação dos serviços prestados. Mais concretamente os estudantes denunciaram o número insuficiente de cantinas, o que gera grandes filas para almoçar, com a agravante de as Cantinas Amarelas continuarem sem refeição social, desde há dois anos, e o facto de este ano a Cantina de S. Jerónimo ter aberto sem refeição social. Os estudantes expuseram, também, as condições nas Residências, tanto ao nível da necessidade de obras como o caso de os estudantes que as habitam se verem forçados a comprar equipamentos e electrodomésticos com o seu próprio dinheiro. Uma outra

reivindicação que os estudantes trouxeram à rua é o fraco apoio às Repúblicas de Coimbra, onde muitas das quais enfrentam hoje momentos difíceis, correndo mesmo o risco de despejo.

Os problemas que os estudantes de Coimbra salientaram demonstram o rumo que as sucessivas políticas de direita têm traçado para o Ensino Superior, procurando desvirtuar o conceito da Acção Social Escolar, e gerando um impacto negativo na vida dos estudantes e das suas famílias. A JCP reitera que o futuro do Ensino Superior terá que, inevitavelmente, passar pelo reforço do financiamento no Ensino Superior, nomeadamente nos serviços da Acção
Social Escolar de modo a que esta cumpra, de facto, o seu propósito de garantia na igualdade do acesso, frequência e sucesso escolar através de apoios directos e indirectos.

A Direcção Nacional do Ensino Superior da JCP apela à intensificação da luta organizada dos estudantes em torno das suas justas aspirações, pela resolução dos problemas concretos das suas faculdades e por um Ensino Superior Público, Democrático, Gratuito e de Qualidade.