Moção sobre a Revolução de Outubro de 1917 // 14º ENES

A 7 de Novembro de 1917 na Rússia nasce uma revolução vitoriosa pelas mãos do proletariado russo, com o Partido Bolchevique na vanguarda, guiado por uma teoria revolucionária, com o notável contributo de Lénine. Pela primeira vez na história o sonho transformou se em projecto político, a construção de uma sociedade nova, sem exploradores nem explorados, defensora da paz e da amizade entre os povos– dando início a uma nova época na história da humanidade, a da passagem do capitalismo ao socialismo. A Revolução de Outubro foi uma exaltante realização revolucionária que, resistindo e superando complexas vicissitudes e dificuldades – boicotes, sabotagens, intervenção de potências imperialistas, guerra civil, bloqueio económico, traição -, e percorrendo um percurso irregular e acidentado, transformou em realidade as aspirações e sonhos dos trabalhadores, dos explorados, dos oprimidos, dos discriminados, abrindo o caminho da construção duma sociedade nunca antes conhecida pela humanidade.

Milhões de pessoas viram a universalidade dos seus direitos reconhecidos e garantidos, o direito ao trabalho, a jornada de 8 horas, as férias pagas, a igualdade de direitos de homens e mulheres no trabalho, e na vida, o direito à habitação e à prática desportiva, direitos e protecção social; a educação de milhões de pessoas torna-se uma prioridade, com o crescimento generalizado de escolas primárias, pré-escolar, escolas tecnicas, universidades e outros estabelecimentos de ensino superior; eliminando o analfabetismo.

A URSS, o povo soviético, o Exército Vermelho, deram um contributo determinante para a vitória sobre o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial, numa heróica luta, para garantir os valores da paz, e da amizade entre os povos, que lhe custou mais de vinte milhões de vidas. A URSS deu um grande apoio aos povos que lutaram pela construção de sociedades socialistas, à luta e conquista por parte de milhões de trabalhadores de direitos e liberdades em países capitalistas e à dinâmica e luta do movimento de libertação nacional, ao ruir do colonialismo e à conquista da independência de numerosos povos e nações submetidas ao jugo colonial.

100 anos após a Revolução de Outubro, o sistema capitalista, com a sua natureza exploradora, opressora, agressiva e predadora, com as consequências trágicas que comporta, atravessa o agravamento da sua crise estrutural, tornando-se ainda mais evidente que o capitalismo é responsável pelos crescentes problemas e perigos que a humanidade enfrenta. A realidade do mundo de hoje comprova a importância e alcance dos objectivos da Revolução de Outubro e afirma o socialismo como exigência da actualidade e do futuro. Vivemos hoje perante uma grande ofensiva às grandes conquistas da revolução de Outubro. Nos manuais escolares, nos programas escolares, nas aulas e por toda a comunicação social assistimos a uma grande ofensiva de descredibilização daqueles que foram os grandes feitos da revolução de Outubro. Cabe a nós, comunistas, a cada conversa, apontar os feitos da revolução de Outubro.

Porque quando lutamos pela escola pública, gratuita e de qualidade, pelo direito ao trabalho e ao trabalho com direitos, quando exigimos cultura, desporto, habitação lutamos pelo socialismo.

Construímos a unidade daqueles que precisam de outra forma de organização da sociedade, onde os direitos sejam uma realidade, onde a escola seja feita à nossa medida e o trabalho seja uma forma de concretização individual e colectiva

Saudamos assim a grande revolução de Outubro e os seus 100 anos, que está viva, que devemos celebrar e por mais que tentem não apagará aquilo que ela nos trouxe. A certeza de que com a luta é possível e que está nas nossas mãos os destinos das nossas vidas.

JCP solidária com a luta dos trabalhadores da PT/MEO

Os trabalhadores da Manpower ao serviço da PT/Meo nos call center e backoffice do Porto, Santo Tirso, Coimbra e Castelo Branco estiveram hoje em greve exigindo a integração nos quadros da PT/Meo, condições de trabalho dignas e o aumento geral dos salários, incluindo o aumento imediato do salário mínimo na empresa para os 600€.
Esta greve vem no seguimento de um processo de luta que tem vindo a crescer desde Novembro de 2016 e que é um exemplo de que, com coragem, determinação e em unidade, é possível resistir e dizer não à precariedade.
A JCP e o PCP estiveram presentes na concentração realizada hoje à porta do Edifício da PT Tenente Valadim no Porto, manifestando a sua solidariedade de sempre para com a luta dos jovens trabalhadores e a sua disponibilidade para apoiar o seu desenvolvimento.

38° aniversário da JCP

Hoje comemora-se o 38º Aniversário da Juventude Comunista Portuguesa!

38 anos de existência transportando o património de luta dos jovens que na História se levantaram, resistiram e nunca se resignaram perante a exploração e a opressão, a pobreza e falta de condições de vida, o imperialismo e a guerra, o racismo e a xenofobia. Todos os dias os jovens de todo o país transportam os valores que a JCP defende como a defesa do trabalho com direitos, a educação pública e gratuita, o direito à habitação e à prática desportiva, o direito à criação e acesso à cultura, o direito a viver num ambiente sadio, entre tantos outros.

Como afirmámos no 11º Congresso realizado em Abril deste ano, é pela luta que lá vamos! E por isso comemoramos o aniversário intimamente ligados à luta da juventude que se faz nas escolas, nos locais de trabalho e na rua para defender e conquistar novos direitos, assim como para reconquistar os direitos roubados e a fazer deste um país onde a juventude possa viver.

No próximo Sábado, 11 de Novembro, a JCP irá realizar uma festa na Voz do Operário, em Lisboa. Dia que irá contar com a realização do 14º Encontro Nacional do Ensino Secundário e da 16ª Conferência Nacional do Ensino Superior, momentos de importância central onde a defesa da Educação pública, gratuita, democrática e de qualidade para todas será o mote para a definição de linhas de trabalho dos estudantes comunistas para os próximos anos.

A juventude em Portugal poderá continuar a contar com a JCP nas batalhas na nova fase da vida política nacional, não desperdiçando nenhuma oportunidade para a melhoria das condições de vida da juventude, de forma a abrirmos caminho a uma política patriótica de esquerda tão necessária ao país e a uma vida digna para os trabalhadores e o povo português. Por isso também apelamos a que todos se juntem à manifestação nacional convocada pela CGTP-IN para o dia 18 de Novembro em Lisboa, pela exigência da valorização do trabalho e dos trabalhadores.

Cá estamos e estaremos na luta por uma nova sociedade da e com a juventude, os trabalhadores e o povo português, com o programa que propomos de construção no país de uma Democracia Avançada, no caminho do socialismo!