Nas eleições de 20 de Fevereiro, o povo e os estudantes rejeitaram as políticas dos governo de direita. Nem a queda do anterior governo, nem um PS com maioria absoluta, garantem a concretização das aspirações dos estudantes demonstradas nas lutas dos últimos anos.

Para o PS, as propinas e as prescrições da actual Lei de Financiamento do Ensino Superior são para continuar. A adesão cega e surda ao Processo de Bolonha (que o PS iniciou), pretende arredar uma parte cada vez maior das massas juvenis dos mais elevados graus de ensino, dividindo o ensino em dois ciclos, que os estudantes terão de pagar. A proposta de Lei de Autonomia do PS também pretendia retirar os estudantes da gestão democrática e descaracterizar a gestão democrática das escolas.

As manifestações e lutas mais recentes mostraram o descontentamento dos estudantes e foram fundamentais para a derrota destas políticas para o Ensino Superior. Só o prosseguimento da luta e o reforço da unidade estudantil permitirão resolver os problemas de cada escola, provocar a mudança de rumo necessária nas medidas do governo, derrotar as propinas e defender uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos!

CONTIGO, SEMPRE NA LUTA, a JCP, a organização revolucionária da juventude, esteve e estará ao lado dos estudantes, na linha da frente do combate por um futuro melhor. Para construir a educação e a sociedade do futuro, precisamos de uma JCP mais forte! Aderir à JCP é reforçar a luta, a consciência e a combatividade do movimento estudantil. É mais um passo em direcção ao sonho da sociedade sem exploradores nem explorados, de paz, liberdade, solidariedade e progresso social: a sociedade socialista!

A JCP propõe e defende a revogação da Lei de Financiamento, o fim das prescrições e das propinas, a saída de Portugal do Processo de Bolonha; mais financiamento para funcionamento e investimento das escolas; um sistema único de ensino sem discriminações entre universitário e politécnico; a gestão democrática das escolas com paridade de estudantes e professores nos órgãos de todas as escolas (públicas e privadas); o aumento das bolsas atribuídas e o seu valor, mais e melhores cantinas e residências, o cumprimento do estatuto de trabalhador-estudante e dos restantes estatutos especiais e defesa de cursos nocturnos no Ensino Superior Público, o combate ao insucesso escolar, a melhoria das condições de ensino e a avaliação do desempenho pedagógico dos professores.