Hoje assinalam-se 52 anos de luta dos Estudantes. Diga-se 52 anos, porque evocamos o exemplo de resistência e de coragem que os Estudantes tiveram no dia 24 de Março de 1962, onde perante a repressão do fascismo, no Campo Grande em Lisboa, com uma Manifestação, o estudantes lutaram com o objectivo de reinvindicar a Democraticidade do Ensino, o Direito à Associação, a Autonomia das Universidades, representação estudantil no Orgãos, mas também com base as profundas reinvindicações do nosso povo, como a exigência do fim da guerra colonial e o fim do fascismo.
A violenta repressão que o Fascismo encontrou para tentar silenciar a luta dos estudantes neste dia, com uma forte carga policial, desencadeou o que o Fascismo mais temia, abrindo um enorme período de contestação por todo o país, durante vários meses, e que abalou o regime. Um confronto marcado pelo audacioso desencadear da greve às aulas na maioria das Faculdades – o “Luto Académico” lançado em 26 de Março com a criativa palavra de ordem “ofenderam-te, enluta-te!” – com a ocupação de instalações, gigantescos plenários e concentrações, desfiles e manifestações dentro e fora dos recintos universitários, envolvendo sobretudo as Universidades de Lisboa e Coimbra, onde o Movimento Associativo estava mais organizado e havia maiores tradições de luta.
A luta dos estudantes e o papel do Movimento Associativo Estudantil foram desta forma uma expressão e contributo inegável para o derrube do Fascismo no nosso País, para a Revolução de Abril, e para a conquista da Educação a que temos direito: Pública, Gratuita, de Qualidade e Democrática para todos!
Volvidos 52 anos do 24 de Março- Dia do Estudante, hoje os estudantes continuam a lutar nas Escolas e nas Ruas!
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