Avançar na Luta pela Estabilidade no Emprego!
A maioria dos jovens trabalhadores são reféns da precariedade sentida nos seus locais de trabalho, reflectindo-se em baixos salários e horários desregulados. Têm vínculos precários e uma enorme instabilidade laboral, que os impossibilita do direito de conseguirem conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar.
Os jovens que, por não terem qualquer estabilidade laboral, não se conseguem emancipar, não conseguem sair de casa dos pais, alugar ou comprar casa e até mesmo construir e formar as suas famílias. Não têm qualquer perspectiva de progressão e é certo que os jovens trabalhadores hoje têm, maioritariamente, contratos tem- porários ou até mesmo renováveis mensalmente, andam a saltar de empresa em empresa e passam anos se for preciso nestas situ- ações, não passando de “acréscimos excepcionais” ou “sazonais” nas empresas, quando fazem falta todos os dias aos seus locais de trabalho.
A juventude é quem sai mais afectada deste flagelo, o patronato aproveita-se cada vez mais da precariedade para a repressão e desinformação, complicando e criando obstáculos à luta da juventude e à sua organização.
É nas empresas e locais de trabalho, que se dá o confronto de classes, é lá que trabalhadores sofrem os ataques aos seus direitos e rendimentos, é lá onde os trabalhadores formam a consciência da sua condição de explorados, é lá onde se organizam, resistem e lutam em defesa da melhoria das suas condições de vida e de trabalho.
É neste sentido que se torna imperativo esclarecer cada jovem trabalhador e, que a cada conversa, consciencializá-los de que as coisas não podem e não têm que ser assim. Existem propostas e soluções na melhoria das condições de vida e de trabalho da
juventude, o PCP e a JCP têm vindo a defender e a propor medidas que visam proteger e melhorar a vida de quem trabalha:
- Só com o aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional a fixar-se nos 850€, se valoriza otrabalho e os trabalhadores;
- É urgente que os jovens trabalhadores consigam ter horários dignos e compatíveis com a sua vida pessoal e familiar;
- Introduzir as 35 horas de trabalho para todos, quer no público, quer no privado;
- Defender a contratação colectiva e a reintrodução do tratamento mais favorável ao trabalhador, a fim dereforçar os seus direitos;
- É necessário combater a precariedade, por cada posto de trabalho permanente, um contrato efectivo.
A juventude e o seu trabalho têm que ser valorizados, e há um grande caminho ainda a percorrer a fim de melhorar as suas con- dições de vida. É importante e fundamental que os jovens trabal- hadores se organizem e se envolvam no movimento sindical.
A luta dos trabalhadores é decisiva para o futuro de todos aqueles que trabalham.
A sindicalização, a consciencialização e a união dos jovens irá reflectir-se no seu reforço e na sua intervenção na luta, sendo este o caminho à conquista de mais e melhores condições e de estabilidade.
É ,por isso, papel e prioridade também de cada jovem comunista, defender os direitos dos trabalhadores, esclarecer, intervir e sindicalizar no seu local de trabalho.
Por tudo isto é fulcral a mobilização para a Manifestação Nacional de jovens trabalhadores, convocada pela Interjovem/CGTP-IN, a 26 de Março em Lisboa. Realizada anualmente, milhares de jovens trabalhadores reivindicam mais condições laborais para que possam ter uma vida melhor. A saída à rua é imperativa e, organizados no sindicato de classe, os jovens trabalhadores têm um marco central na luta pela justiça social e por um futuro digno!