A recente decisão do EUA de reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, com a transferência de representação diplomática norte-americana para aquela cidade, representa um apoio explícito por parte dos EUA à política sionista de Israel e uma agressão ao martirizado povo palestiniano e provocação aos povos da região com perigosas e imprevisíveis consequências. Esta decisão viola abertamente o direito internacional e numerosas resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre o estatuto de Jerusalém.
A ocupação dos territórios palestinianos por Israel tem sido uma autêntica colonização, ao longo dos anos, com graves consequências para o povo palestino, que vive cercado, permanentemente agredido, economicamente bloqueado, enfrentando diariamente a repressão, a exploração e a opressão.
A Juventude Comunista Portuguesa manifesta a sua solidariedade para com os trabalhadores, o povo e a juventude palestiniana, pela libertação do seu território, com a certeza de que nenhuma potência, por mais força que tenha, pode derrotar a força da luta dos povos e da solidariedade internacionalista!
Reafirmamos que para a solução do conflito é urgente: o fim dos colonatos israelitas; o fim do bloqueio a Gaza e do muro de separação imposto por Israel; a libertação dos presos políticos palestinianos nas prisões de Israel; o fim da ocupação dos territórios da Palestina ilegalmente ocupados por Israel; e a criação do Estado da Palestina, dentro das fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental e o respeito pelo direito de regresso dos refugiados palestinianos.
É urgente fazer cumprir o artigo 7º, n.º 2 da Constituição da República Portuguesa
“Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista a criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e justiça nas relações entre os povos.”