O Instituto Politécnico do Porto está num processo de reestruturação que estabelece objectivos que intensificam o caminho da destruição deste subsistema de ensino e da desvalorização do mesmo na medida em que estabelece o encerramento de cursos e de uma escola (ESEIG) bem como a deslocação de um departamento de multimédia para o pólo de Vila do Conde (a mais de 30 km), acarretando ainda mais custos para os estudantes.
Sob a capa do “reposicionamento estratégico”/”racionalização”, o que está mesmo em causa é retirar qualidade ao ensino politécnico através da redução de recursos, quer eles sejam materiais ou humanos, ao mesmo tempo que em nome de uma pretensa “adaptação ao mercado do trabalho” estamos perante mais uma reformulação que põe o ensino ao serviço do capital e não das necessidades do país e do seu desenvolvimento.
Mas o processo de reestruturação e as suas consequências não passou ao lado dos estudantes e levou a que os estudantes se manifestassem dia 25 de Fevereiro à porta do Rivoli, aproveitando o aniversário do IPP para enfatizar a frustração com esta intenção. Durante três horas, largas dezenas de estudantes gritaram contra a reestruturação.