14º Encontro Nacional do Ensino Secundário

Após grandes avanços e conquistas que a juventude e o povo conseguiram com a Revolução de Abril, têm sido muitos os ataques e retrocessos que sucessivos governos têm vindo a impôr.

As consequências de mais de 40 anos de política de direita estão à vista: escolas sem condições, com falta de professores e trabalhadores não-docentes, os custos na educação (manuais e materiais escolares, transportes, taxas, etc.) cujo reverso da moeda é o abandono escolar e uma crescente elitização do Ensino Público. Participar numa associação é cada vez mais difícil pela excessiva carga horária e burocratização do acesso aos direitos de dirigente associativo. Mas a juventude não se resigna.

MAS A JUVENTUDE NÃO SE RESIGNA!

A juventude luta e resiste. Se não fosse a luta de décadas, hoje viveríamos ainda com menos direitos. São milhares os estudantes nas suas escolas que se mobilizam e unem todos os dias para exigir o cumprimento dos seus direitos.  Exemplo disso, foram os direitos conquistados na nova fase da vida política nacional, com a luta dos estudantes e o papel do PCP no plano institucional, em que, ainda que insuficientes, se conseguiram registar vários avanços importantes para os estudantes. Desde o fim dos exames nacionais para o 4º e o 6º ano, bem como a gratuitidade dos manuais escolares para o 1º ciclo de escolaridade, este é um momento que demonstra que os estudantes têm que estar unidos, organizados e lutarem pelo que têm direito, pois com a luta será possível conquistarmos ainda mais direitos, por muito que nos digam que lutar não vale a pena.

E, ainda assim, tentam apagar e minimizar a importância e coragem das lutas travadas. Tentam empurrar-nos para a ideia de que lutar não vale a pena, que mais vale cada um cuidar da sua vida, de que o país atravessa um período difícil e é inevitável adiarmos os nossos direitos, de que quem exige os seus direitos e organiza uma luta vai contra a normalidade que nos é imposta. Tentam fazer crer que o enorme desinvestimento na Escola Pública é inevitável e que, perante isto, temos é de estar calados São inúmeros os obstáculos à participação democrática tentando impedir Reuniões Gerais de Alunos, como já aconteceu em várias escolas, e a acção do movimento estudantil em pleno, na defesa dos direitos que os estudantes têm.

TENTAM MAS NÃO CONSEGUEM!

Os comunistas estão ao lado de todos os que, corajosamente, lutam e resistem, porque a juventude unida pode construir um país e um mundo melhores. É possível um país em que a juventude viva com os seus direitos respeitados, com educação pública, gratuita, democrática e de qualidade para todos, e que a formação integral do indivíduo seja objectivo primordial do Ensino em Portugal.

É neste contexto que a dia 11 de Novembro, se realiza, em Lisboa, o 14º Encontro Nacional do Ensino Secundário. Realizado de 2 em 2 anos este  representa o momento alto do Ensino Secundário, que elege a Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP. É neste encontro que centenas de jovens discutirão, de norte a sul do país, os problemas das suas escolas, as lutas que terão de travar para resolvê-los e definirão as linhas de trabalho para os próximos dois anos.

Este é o Encontro que os estudantes do Ensino Secundário têm para que melhor possam discutir e colectivamente decidir o que fazer daqui para a frente. É necessário que todos os militantes venham ao ENES e que amigos se juntem a este Encontro e o enriqueçam com as suas experiências e anseios.

Damos assim corpo ao 14º Encontro Nacional do Ensino Secundário da JCP, e também tu podes fazer parte deste espaço de solidariedade, luta que é parte do projecto da emancipação da juventude e que é parte da transformação da sociedade em que vivemos.

Na construção de uma Escola Pública diferente todos fazem falta! Com a luta a conquistámos, com a luta a defendemos. Viva a Escola de Abril!

Contacta a JCP e vem ao 14º ENES, dia 11 de Novembro, em Lisboa, com transportes de todo o país.