AGIT | Defender Abril

Lutar pela Defesa de Abril!

Defender Abril é lutar pelas aspirações do povo, por uma vida digna, livre da exploração e da descriminação. Direitos fundamentais estão intrínsecos nos Valores de Abril pela própria natureza da Revolução, emergente do seio dos trabalhadores, da luta organizada em que cada acção servia de machadada para quebrar o velho tronco seco do fascismo. Emergente da consciência de que o fascismo apenas gera pobreza e miséria, desigualdades e descriminações, violência e terror mas também de aspirações que ultrapassam o derrube do fascismo. O povo, de olhos postos numa sociedade justa, exige nas ruas liberdade e paz, abrindo caminho para a construção de um futuro de igualdade e solidariedade, dentro de Portugal e com todos os povos do mundo.

Contudo, um feroz ataque aos Valores de Abril começa em Novembro de 1975 com a contra-revolução e prolonga-se até aos nossos dias. Encabeçado pelos subservientes do grande capital, em estreita coordenação com os seus objectivos de exploração e acumulação de capital, os trabalhadores, a juventude e o povo têm vindo a sentir na pele violentas atrocidades e ameaçados os seus mais elementares direitos. A Escola de Abril, universal e gratuita, de formação integral do indivíduo como pilar do futuro de uma sociedade justa, é constantemente atacada com Exames Nacionais, ou com falta de funcionários, ou com falta de condições materiais. O direito ao trabalho, imprescindível para a subsistência do povo e da produção e soberania económica, é comprometido pela profunda exploração a que os trabalhadores estão sujeitos e pelos constantes despedimentos e contratos precários. O direito à habitação, elemento central no equilíbrio e bem-estar da população, é posto em causa pelo crescimento vertiginoso dos preços, fruto da especulação imobiliária, e não garantindo o acesso à habitação, principalmente aos mais jovens. A Paz, essencial para que tudo no país funcione e reivindicação central de Abril, é ignorada e atacada, como é exemplo a participação de Portugal na NATO, organização político-militar criada em 1949 em que Portugal, sob regime fascista de Salazar, foi um dos fundadores. Enfim, as barreiras que se intrepõem no acesso à Saúde, na fruição e criação cultural, na protecção do Ambiente, no acesso universal ao Desporto… A Constituição da República Portuguesa, documento de máxima importância na protecção dos Valores de Abril, escrito em ’76 e delineador das orientações a seguir em Portugal, tem vindo a ser ignorado e temos assistido até a e alterações, e tentativas de nos dias de hoje concretizar mais uma revisão, da Contituição pelos partidos e sectores mais reaccionários e comprometidos com o grande capital.

Está nas nossas mãos, no presente e de olhos postos no futuro, lutar pela defesa dos Valores de Abril e reverter a exploração e a política de direita, por uma alternativa patriótica e de esquerda, por um Portugal de Abril.

AVANÇAMOS COM A FORÇA DA JUVENTUDE!

Falar nos 40 anos da JCP traduz, sobretudo, um corajoso compromisso com o futuro de organizar e assumir em toda plenitude o papel de vanguarda da juventude portuguesa